terça-feira, 21 de junho de 2011

"Vaso de alabastro". Lc 7.36-50 Mt 26.6-13 Mc 14.3-9 e Jo 12.1-8



Simão era um dos poucos fariseus que se uniu abertamente a Jesus, ele o reconhecia como mestre e tinha esperança de que fosse ele o Messias, mas não o havia aceito como seu Salvador.
Simão se esforçou, mandou preparar as mais finas iguarias, convidou pessoas ilustres de Betânia para a ocasião e fez um grande banquete para recepcionar Jesus e seus discípulos. De um lado da mesa Simão o ex-leproso, do outro lado junto com os discípulos Lázaro a quem Jesus ressuscitou depois de quatro dias morto, imagino que todos os presentes alimentavam a esperança de ouvir um grande testemunho daquele que experimentou a morte e voltou para a vida.( Só Jesus para nos trazer da morte para a vida). Mas, na bíblia não há nenhum registro de um  testemunho de Lázaro sobre o acontecido a bíblia diz em Eclesiastes 9.5 “Os mortos não sabem coisa nenhuma”. O maravilhoso testemunho de Lázaro era silencioso sua presença por si só havia de declarar que Jesus era o Filho de Deus. Nem sempre iremos pregar sobre Jesus com palavras, talvez na maior parte das oportunidades nosso testemunho será silencioso assim como o de Lázaro.
Com sentimento de gratidão e reconhecimento pelo que Jesus havia feito ao seu irmão diz a bíblia em  Lucas 7.38 que Maria estava por detrás de Jesus, chorando e regando com lágrimas seus pés. Enquanto todos buscavam assentar-se confortavelmente a mesa Maria estava aos pés de Jesus. A Epígrafe deste texto em Lucas 7.36 é;
“A PECADORA QUE UNGIU OS PÉS DE JESUS”
É dessa forma que chegamos aos pés do Salvador.
Maria estava aos pés de Jesus com tudo o que ela tinha, não há como esconder algo de Jesus no Salmo 139 Davi diz; “Senhor, tu me sondastes e me conheces. Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.  Conheces todos os meus caminhos. Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que , ó Senhor, TUDO conheces”.
Jesus conhecia aquela mulher. A intenção de Maria não era chamar atenção, os seus movimentos poderiam até ter passado despercebidos, mas aquela oferta encheu a sala com seu aroma atraindo para si todos os olhares causando críticas e reprovação.
Simão precipitou-se a dizer “Se este fora profeta, bem saberia quem e qual é a mulher que lhe tocou, pois é uma pecadora” Lucas 7.39. Jesus por sua vez cheio de amor e compaixão contando-lhe uma parábola, quis mais uma vez ensinar algo a Simão e também a todos presentes e por fim iluminar os olhos do seu entendimento. 
“E, respondendo  Jesus disse-lhe: uma coisa tenho a dizer-te. E ele disse: 
Dize-a, Mestre”.
Um certo credor tinha dois devedores: um devia-lhe quinhentos dinheiros, e outro cinqüenta. E, não tendo eles com que pagar, perdoou-lhes a ambos. Dize, pois, qual deles o amará mais?
E Simão, respondendo, disse: Tenho para mim que é aquele a quem mais perdoou. 
E ele lhe disse: Julgaste bem.
Judas por sua vez disse em João 12.5
"Por que não se vendeu este ungüento por trezentos dinheiros e não se deu aos pobres?”     
Com isso tentava apresentar um motivo justo a sua reprovação.
Mas diz a bíblia no vers. 6 do mesmo capítulo “Ora, ele disse isto, não pelo cuidado que tivesse dos pobres, mas porque era ladrão e tinha a bolsa, e tirava o que ali se lançava”.  O ato de Maria contrastava profundamente com o de Judas, ele não conseguia alcançar a profundidade daquele momento. Da mesma forma na maioria das vezes acontece conosco, para alguns o que fazemos para Jesus pode parecer desperdício, para outros que poderíamos fazer muito mais, mas Jesus sabe o que pode pedir e esperar de cada um de nós. Não é o valor O MAIS IMPORTANTE e sim o que nos move a fazer algo para Ele, ele sabe exatamente quem e o que cada um de nós tem para dar e nos ama mesmo assim.
Judas talvez quisesse envergonhar Maria e com isso ocultar sua verdadeira intenção. 
Mas Jesus diz; “Ela fez –me boa obra” e em Mateus 14.8 diz;
“ESTA FEZ O QUE PODIA”
Aleluias, aleluias!!!
Com quanta justiça poderia o acusador ter sido acusado. Jesus lê os motivos de cada alma, e entende toda ação, ele poderia ter revelado a todos os convidados naquele banquete o que Judas intentava fazer. Porém se Jesus assim fizesse daria a ele perante todos uma razão que justificasse a traição ao seu Mestre, o traidor sabia que Jesus entendera sua hipocrisia e isso era o bastante.
“E, voltando-se para a mulher disse a Simão: Vês tu essa mulher? Entrei em tua casa, e não me deste água para os pés; mas esta regou-me os pés com lágrimas e mos enxugou com os seus cabelos. Não me deste ósculo, mas esta, desde que entrou, não tem cessado de me beijar os pés. Não me ungiste a cabeça com óleo , mas esta ungiu-me os pés com ungüento”.
“Em verdade vos digo que, onde quer que este evangelho for pregado, em todo mundo, também será referido o que ela fez para memória sua.” Mateus 26.13.
Por onde quer que chegue o evangelho de Cristo o ato de Maria há de exalar seu perfume,  impérios cairão, nomes de grandes e famosos conquistadores serão um dia esquecidos, mas a oferta de Maria foi imortalizada nos céus e nas páginas da História Sagrada.
Concluindo, em suma lhe digo o que o Espírito Santo me disse ao me dar essa postagem:
“Simplesmente adore, não importa, pelo menos não para Jesus, se você dará duas moedas como a viúva pobre citada em Mc. 12.43 ou se você dará unguento de grande valor como fez Maria, deixe apenas que os outros conte o que você tem feito para Jesus”. Pois é para Ele que fazemos, por certo ele levantará  pessoas para contar seus feitos. Amém!!!


Em Cristo com amor,

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